São João de 85 (*), Waldick afina a voz antes do show, acompanhado pelo banjo de Grampão. Sobre a mesa, uma raridade, somente água e refrigerante!!
Foto do arquivo pessoal de Fernando Coelho.
(*) correção feita por Betão Pereira, presente também na foto.
Comocoxico
Local para contar estórias, causos, mostrar retratos, recitar poesias, encontrar e reencontrar os filhos e amigos de Caculé.
Participem!
contatos: comocoxico@gmail.com
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domingo, 20 de setembro de 2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
A Seta 03
O nº 03 de A SETA circulou em novembro de 1968, com 6 páginas. Clique em imagem abaixo, para ampliar a página.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
A Tampa da Lua (*)
Quando comemoramos os 40 anos da conquista da lua, nos vem à memória um outro personagem caculeense que nos deixou muitas histórias.
Nosso inesquecível Sulino, que em 1969 possuía um boteco ou, como chamávamos à época, café; o Café de Sulino. Localizado num dos pontos do Mercado Municipal de Caculé, era o ponto preferido para discussões de futebol, política e atualidades.
O assunto do momento era a chegada do homem à lua. A Apollo XI chegaria ou não à lua? O homem pousaria ou não no solo do nosso satélite? Eram as indagações do momento.
Numa noite, poucos dias antes do grande feito, estudantes discutiam as possibilidades. Uns acreditavam ser possível, outros não. Os argumentos, contra ou favoráveis, eram os mais diversos, até que nosso “cientista” Sulino entrou na conversa e deu sua opinião: “Eu acho que o homem consegue encontrar o buraco para sair da terra e vai chegar até a lua; agora, encontrar a tampa da lua, pra ele entrar, aí vai ser difícil”.
Sorrisos, gozações, cartazes com desenhos alusivos à “tampa da lua” afixados nas paredes e murais do Colégio... A população, por alguns dias, só falava daquele assunto. Nosso amigo Sulino não suportava mais as brincadeiras. Os clientes ao pedirem uma cerveja, perguntavam o que ele faria com a tampa, era o bastante para ouvirem, no mínimo: “Vou por no... de sua mãe”.
Uma semana após Neil Armstrong ter pisado na superfície lunar, chega a Caculé a revista Manchete que traz uma matéria sobre o assunto e uma foto da lua com o desenho de um retângulo, mostrando o local exato em que a espaçonave pousou.
Sulino comprou um exemplar da revista e se mostrava vencedor, exibindo a fotografia: “Eu tava certo ou não tava? Olha a tampa da lua aí, cambada de burros!”
Se a NASA tivesse conhecido esse homem, seu futuro teria sido outro.
(*) Texto de Sebastião Brito, também conhecido por Cecé ou Tião.
Nosso inesquecível Sulino, que em 1969 possuía um boteco ou, como chamávamos à época, café; o Café de Sulino. Localizado num dos pontos do Mercado Municipal de Caculé, era o ponto preferido para discussões de futebol, política e atualidades.
O assunto do momento era a chegada do homem à lua. A Apollo XI chegaria ou não à lua? O homem pousaria ou não no solo do nosso satélite? Eram as indagações do momento.
Numa noite, poucos dias antes do grande feito, estudantes discutiam as possibilidades. Uns acreditavam ser possível, outros não. Os argumentos, contra ou favoráveis, eram os mais diversos, até que nosso “cientista” Sulino entrou na conversa e deu sua opinião: “Eu acho que o homem consegue encontrar o buraco para sair da terra e vai chegar até a lua; agora, encontrar a tampa da lua, pra ele entrar, aí vai ser difícil”.
Sorrisos, gozações, cartazes com desenhos alusivos à “tampa da lua” afixados nas paredes e murais do Colégio... A população, por alguns dias, só falava daquele assunto. Nosso amigo Sulino não suportava mais as brincadeiras. Os clientes ao pedirem uma cerveja, perguntavam o que ele faria com a tampa, era o bastante para ouvirem, no mínimo: “Vou por no... de sua mãe”.
Uma semana após Neil Armstrong ter pisado na superfície lunar, chega a Caculé a revista Manchete que traz uma matéria sobre o assunto e uma foto da lua com o desenho de um retângulo, mostrando o local exato em que a espaçonave pousou.
Sulino comprou um exemplar da revista e se mostrava vencedor, exibindo a fotografia: “Eu tava certo ou não tava? Olha a tampa da lua aí, cambada de burros!”
Se a NASA tivesse conhecido esse homem, seu futuro teria sido outro.
(*) Texto de Sebastião Brito, também conhecido por Cecé ou Tião.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Um ano sem Waldick
Em 4 de setembro de 2008, Waldick foi alegrar bailes em outras dimensões. Não nasceu em Caculé, mas sem dúvida, faz parte da história da nossa cidade. O texto abaixo, escrevi quando recebi a notícia da sua morte.
"Conheci Euripides Waldick Soriano na minha infância em Caculé, quando lotava o Cine Teatro Engenheiro Dórea para cantar "Paixão de um homem".
Nascido em Brejinho das Ametistas, uma vila fincada na antiga estrada que ligava Caetité a Caculé, viveu intensamente seus mais de 75 anos para alegria dos boêmios (as) seresteiros (as) apaixonados (as).
Suas estórias são muitas. Disse-me um amigo que na feira de Itabuna tem um barraqueiro conhecido como "Filho de Waldick" - deve ter filho também em Jacaraci, Montes Claros, Igaporã, Senhor do Bonfim, Caruaru...........
Suas estórias são muitas. Disse-me um amigo que na feira de Itabuna tem um barraqueiro conhecido como "Filho de Waldick" - deve ter filho também em Jacaraci, Montes Claros, Igaporã, Senhor do Bonfim, Caruaru...........
Ano passado assisti emocionado um dos seus últimos shows, aqui em Salvador. Subiu ao palco carregado, trôpego, quase sem falar, e imaginei que não conseguiria cantar. Que nada, quando pediu ao maestro um ré maior, seu vozeirão contagiou a todos!
Waldick foi um poeta cantor dos apaixonados! Quem não se emociona ao cantarolar Torturas de Amor, quando "a noite esta calma e minh'alma esperava por ti"?
Em "a voz do povo é a voz de Deus", seu auto-retrato: "Deixei minha cidade tão humilde e pequenina, Pra buscar felicidade e cumprir a minha sina, eu sonhava ser cantor e ninguém acreditava em mim, Mas eu tinha o meu valor, Lutei muito e agradecido canto assim, A voz do povo é a voz de Deus, Chegou a hora da verdade, Muito obrigado amigos meus, Tudo de bom, felicidade." (Meu filho Rodrigo sugeriu mudar o nome de Brejinho para Waldick Soriano - Leleto é com você e os parlamentares de Caetité)
Valeu Waldick, "vou ficar aqui chorando, pois um homem quando chora tem no peito uma paixão" e "garçom, amigo, apague a luz da minha mesa, eu não quero que ela note, em mim tanta tristeza."
Waldick foi um poeta cantor dos apaixonados! Quem não se emociona ao cantarolar Torturas de Amor, quando "a noite esta calma e minh'alma esperava por ti"?
Em "a voz do povo é a voz de Deus", seu auto-retrato: "Deixei minha cidade tão humilde e pequenina, Pra buscar felicidade e cumprir a minha sina, eu sonhava ser cantor e ninguém acreditava em mim, Mas eu tinha o meu valor, Lutei muito e agradecido canto assim, A voz do povo é a voz de Deus, Chegou a hora da verdade, Muito obrigado amigos meus, Tudo de bom, felicidade." (Meu filho Rodrigo sugeriu mudar o nome de Brejinho para Waldick Soriano - Leleto é com você e os parlamentares de Caetité)
Valeu Waldick, "vou ficar aqui chorando, pois um homem quando chora tem no peito uma paixão" e "garçom, amigo, apague a luz da minha mesa, eu não quero que ela note, em mim tanta tristeza."
E.T. Dizem que Waldick é o Frank Sinatra do Nordeste, mais cá prá nós, o tal do Frank é que deve ser chamado de "Waldick Soriano dos isteites"
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