Comocoxico

Local para contar estórias, causos, mostrar retratos, recitar poesias, encontrar e reencontrar os filhos e amigos de Caculé.
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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Bruaca de Causos, agora em Caculé

Anotem aí. Dia 11 de dezembro, as 20 horas, na Câmara de Vereadores, será a vez daqueles "que tem o umbigo enterrado no quintal", residentes em Caculé, participarem da noite de autografos do BRUACA DE CAUSOS, de Rubem Ivo.


domingo, 15 de novembro de 2009

Caculé de Jardim Novo


Alvissareiras notícias chegam de Caculé: A reforma do Jardim, o ponto de encontro marcante da infância e juventude de caculeenses, principalmente aqueles que já passaram dos 30 anos. Afinal, quem não tem lembranças das brincadeiras ao redor das árvores, dos "pés de ficus", carregados ou não de lacerdinha, das fotos tiradas nos tanques, do cartaz do cinema e, principalmente dos inesquecíveis namoros iniciados em voltas pelo jardim (na calçada de cima, o flerte, e após o consentimento, os beijos e abraços na parte inferior, da praça, claro!!).


Agora aguardamos a nova praça com a restauração da sua beleza, com um caramanchão carregado de flores e, na medida do possível, conservando a sua forma original, para que possamos ter o novo, porém, relembrando o de outrora e os momentos bons ali vividos, e rogando também que seja reavivada a paixão dos caculeenses pelo seu eterno jardim.


Betão, Neto e Tõe, e fotos de 56, 77 e 2007

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Tõe Costa, Tõe Pilinha


O Comocoxico perdeu neste final de semana um assíduo seguidor: Tõe Costa, nascido em Rio de Contas, criado em Caculé, vivia em São José dos Campos/SP, onde sempre encontrava tempo para divulgar seus cartoons no blog SACO CHEIO (http://www.xvasco.blogspot.com/).

Betão Pereira, seu primo, com sensibilidade, escreveu sobre este momento:

"Perdí um irmão!!
Amigos,

Quero externar a minha imensa dor! Perdi um primo-irmão, gente do meu coração! “Tõe Pilinha” para os amigos chegados, pessoa inteligente e simples, que amava Caculé...

Tristeza é o que resta,
Õntem fomos tão felizes,
E hoje você nos deixa...

"Vejam como a vida é passageira,
num instante tudo muda,
o agasalhado se desnuda,
na hora da partida derradeira..."

Antônio Carlos Vasconcelos Costa
23/02/1957 - 06/11/2009

Tõe, leve contigo um pedacinho do meu coração... Vá com Deus!! Te amarei sempre!!

Betão
SSA, 08/11/09"

domingo, 1 de novembro de 2009

BABA DA BOCA DO RIO (20 anos)

BABA DA BOCA DO RIO (20 anos)

(Ponto de encontro da galera de Caculé em Salvador)

Por Betão Pereira

6ª feira, 18:00h, final de expediente: hora de desligar o computador (ainda não tinha internet), juntar os papéis sobre a carteira e fazer algumas ligações para combinar o local do encontro de logo mais: Bar do Chico na Ladeira da Barra, bares do Rio Vermelho (onde Nilo morava), algum bar do Garcia, etc. Este era o nosso ritual de concentração para o baba do dia seguinte (sábado), na Boca do Rio, na década dos anos 80 (lembrando que o baba, desde os fundadores: Ivan Miranda, Nilo, Cabecinha, Jorge Fróes, Eduardo Gener, etc., começou nos anos 70, portanto, teve duração de 20 anos, já tendo mais 20 que acabou). Quanta saudade... Ainda na 6ª feira, no bar, o pedido de Nilo: calabresa acebolada. Aí muita cerveja, violão, bate-papo, piadas, gozações... Quando chegava em casa, eu ainda ia engraxar minhas chuteiras, gostava delas brilhando... Dia seguinte, sábado de manhã: Boca do Rio, imperdível!! Podia chover forte, etc., Nada nos desviava!! Nossas mulheres já sabiam: não adiantava contar conosco para compromisso nenhum no sábado de manhã!! Elas, com nossos filhos, podiam nos acompanhar, tendo a boa opção de nos aguardar, curtindo a praia.

Em fevereiro de 1984, ainda morando em Brasília, vim passear em Salvador. Fiquei por aqui uns 15 dias e peguei uns 3 babas. Para mim foi a felicidade total: Estar nessa cidade fascinante, com meus amigos, na maioria caculeenses, era tudo!! Findo os 15 dias, jurei que em breve estaria de volta a esta cidade, em definitivo. Não deu outra!! Seis meses depois, em agosto do mesmo ano (1984), aportei em Salvador, dessa vez para não mais sair!! A partir daí, tornei-me um dos frequentadores mais assíduos do baba.

Quando chegávamos no baba, sempre com bola nova debaixo do braço, era uma festa para os nativos que ali se encontravam desde o clarão do dia. Infelizmente, depois de 20 anos, não me lembro mais dos nomes deles, ficando apenas na mente os de Coentro e Xaxa. A fisionomia, esta não esqueço nunca!! O nosso time foi sempre muito bom nas suas diversas fases, não perdíamos quase nunca!! O problema era quando, a gente ganhando, Nilo “descia a madeira” nos caras, ia no meio da canela... Aí o pau comia!! E a gente tinha que botar pano quente, administrar a briga. Ou então quando Cabecinha tomava um daqueles “perus” (frango) e Nilo só faltava esganá-lo... Quando já cansados e o sol já escaldante (11:00h), saíamos de campo, deixando a nossa bola com os nativos, o que nos dava moral de ter sempre o mando de campo. Aí sentávamos para a resenha e para acabar com o estoque de cerveja de “Aranha” (no princípio, antes do projeto orla, eram 8 campos. As cadeiras eram os troncos de coqueiros e a cerveja de Aranha era em caixa de isopor. A pista da orla era vai e vem (mão dupla), estreita. Certa vez quase perdi um vôo de volta para Brasília, por causa do engarrafamento. Nato me salvou fazendo verdadeiro malabarismo no trânsito!!

Quero agora lembrar nomes dos que passaram pelo baba, pedindo desculpas caso esqueça de alguém: Ivan Miranda; Eduardo Gener; Nilo; Cabecinha; Beijoca; Raimundo (CQR); Tarcísio; Beto Bonelli (Beto de Rebouças); Ruyter (um dos maiores craques que já vi jogar nos meus 40 anos de futebol...); os irmãos Zezão e eu (Betão Pereira); Adauto (Brasília); os manos Sizininho e Silvinho Pinheiro; os Fróes: Jorge, Luizinho, Ivanzinho e Breno; George Malheiros, Lu de Deba; Fernando Brito (Noronha); Zé Maria; Beto Maradona; Carmélio; Lelê; Líbio; Norberto; Newton de Kelé; Zé Neri; Túlio (BB); Alan Fera; Luciano Pinho (primo); Tadeu Gomes (Pancadão); os manos Adeílson (Nêgo Branco) e Aurélio; jogaram um ou dois babas: Biruê; Vivi; Valdeci; Pinho; Elzevir; Miguelzinho; Lulu, Gute e Adelson (Brasília). Chiquinho de Chico Louro; Netão de Oribe; Sivaldo; Carrilho e Cariquinha. A galera de Ibiassucê: Bené, Didi, Alemão, Tonga... De Urandi: Juarez, Nena... Aí veio a meninada nova de Caculé (na época): Gal e Fabiano de Careca; Manga Rosa também passou por lá; Alessandro de Francinha; Túlio de Esmar; Ari Xavier; Darlan; Helder Porto; Gabriel de Tonhão, Tõe Carlos também passou... E ainda os torcedores e amigos que apareciam para o encontro da galera, ainda que esporadicamente: Bel do Mel, etc. Novamente queira perdoar, alguém que, eu por acaso tenha esquecido!!

Bom, aí o nosso maestro “Nilo”, aprovado num concurso da Secretaria da Fazenda, mudou-se para Vitória da Conquista e, pouco depois, no dia 16 de dezembro de 1991, foi chamado para atuar no”Time do Céu”, onde alguns craques caculeenses já estrelavam, como: Grama (para mim, o melhor goleiro que vi jogar, sensacional!!); Salvador Leitoa, Vavazinho, Brás (Benito); Môca, Vavá Bacalhau; Artur Neves, Jurandyr Costa; Arlindinho... E, como digo na minha canção: “Foi um celeiro de craques que o tempo apagou, porque o tempo passou, e Nilo nem ligou...”