Quem passa pelo Campo Grande em Salvador, ainda encontra Felisberto, o Zoião, contando suas histórias vividas no Colégio Norberto Fernandes, nos The Cat’s, na lagoa de Caculé.
Em “O Jardim”, curta produzido por Fabíola Aquino, caculeense das boas, um belo registro de Zoião, o morador de rua, que "não sabia de nada na minha presunção de saber mais do que você".
Comocoxico
Local para contar estórias, causos, mostrar retratos, recitar poesias, encontrar e reencontrar os filhos e amigos de Caculé.
Participem!
contatos: comocoxico@gmail.com
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terça-feira, 31 de março de 2009
sábado, 28 de março de 2009
O Goleiro do Treze
Diz a lenda que um conterrâneo defendeu as briosas cores do Treze de Campina Grande, lá da Paraíba. Era goleiro e chegou a jogar no Maracanã quando o campo ainda era de terra. O jogo com o Vasco estava duro e empatado e quase no final da partida o soprador de apito marcou um pênalti contra o Treze. O atacante correu para bater e chutou mais terra que bola. Subiu aquele poeirão e a multidão silenciou, sem saber o que acontecia. Quando a poeira baixou, lá estava nosso caculeense com a bola encaixada!
Ele jura que foi verdade.
Ele jura que foi verdade.
Lição de Economia
Um famoso bodegueiro da terra somente vende fiado por um preço mais baixo que aquele cobrado nas compras à vista.
Sua lição: se o comprador não pagar o fiado, o prejuízo é menor.
Tem lógica?
Sua lição: se o comprador não pagar o fiado, o prejuízo é menor.
Tem lógica?
quinta-feira, 26 de março de 2009
Doidos da Infância
DOIDOS DA INFÂNCIA (*)
MEDONHO
Louco tristonho
que cascuda a cuca
esmigalha as idéias
come piolho
lambe sabão
remela o olho
cheira o rabo
ri do mundo
e debocha do tempo
TINTEIRO
Negro porrão,
forte como um touro,
que fazia exibição
marrando as paredes
para comer de vez.
duas rapaduras
com um carote de d’água;
três quilos de requeijão
com cinco melancias;
ou uma quarta de feijão
com farinha numa bacia.
Numa noite fria
saiu da escuridão
abriu a venda.
Era de Santo de Bracinho
foi um fardo de toicinho.
três dias cagou
três noites peidou.
O mês era de São João.
Esperou agosto.
Na sexta-treze
mordeu o riso
e daí em diante
fala consigo
cacarejo concolês.
LODAÇA
Frente à escola, na praça,
ciscava a mendiga Lodaça
de pererecuda mijona.
Os peitos duas cabaças
cheias de gosma galada
da sua meia-macha mocha
pra gozo da face-fêmea.
Era mais meia-fêmea
nas partes peladas
exibidas ou trocadas
por moedas e migalhas.
Fedia e amolecia,
ficava mais boba,
quando a lua crescia
e num espasmo gutural
uivava como loba.
MEU POUCO DOIDO
Quero mais a lua cheia
para partir a peia,
soltar a mente
como chuva de trovoada
o palavrório em enchente.
Sempre a seca
a sede de amar
a fome de sonhar
(*) Poesia do conterrêneo Rubem Ivo, publicada no livro A CACIMBA DOS DELÍRIOS, Editora Fator, 1991.
MEDONHO
Louco tristonho
que cascuda a cuca
esmigalha as idéias
come piolho
lambe sabão
remela o olho
cheira o rabo
ri do mundo
e debocha do tempo
TINTEIRO
Negro porrão,
forte como um touro,
que fazia exibição
marrando as paredes
para comer de vez.
duas rapaduras
com um carote de d’água;
três quilos de requeijão
com cinco melancias;
ou uma quarta de feijão
com farinha numa bacia.
Numa noite fria
saiu da escuridão
abriu a venda.
Era de Santo de Bracinho
foi um fardo de toicinho.
três dias cagou
três noites peidou.
O mês era de São João.
Esperou agosto.
Na sexta-treze
mordeu o riso
e daí em diante
fala consigo
cacarejo concolês.
LODAÇA
Frente à escola, na praça,
ciscava a mendiga Lodaça
de pererecuda mijona.
Os peitos duas cabaças
cheias de gosma galada
da sua meia-macha mocha
pra gozo da face-fêmea.
Era mais meia-fêmea
nas partes peladas
exibidas ou trocadas
por moedas e migalhas.
Fedia e amolecia,
ficava mais boba,
quando a lua crescia
e num espasmo gutural
uivava como loba.
MEU POUCO DOIDO
Quero mais a lua cheia
para partir a peia,
soltar a mente
como chuva de trovoada
o palavrório em enchente.
Sempre a seca
a sede de amar
a fome de sonhar
(*) Poesia do conterrêneo Rubem Ivo, publicada no livro A CACIMBA DOS DELÍRIOS, Editora Fator, 1991.
Apresentação
Todo mundo tem um blog, menos eu, menos eu...... plagiando a canção de Batatinha, eu poderia seguir cantando!
Porém incentivado por amigos blogueiros tomei a decisão: vou fazer um blog também (mesmo sem dominar os comandos ainda).
Eis aqui o Comocoxico. Um local para contar as estórias e outras conversas em mesa de bar, relacionadas a melhor cidade do mundo, Caculé, uma paixão.
E o blog não tem dono. É de quem vier e quem quiser participar. Vamos melhorá-lo, da edição a informação, contando causos, mostrando retratos, publicando poesias, transformando-o em um ponto de encontro dos amigos e divulgação da nossa terra. Participem!!
Sim, e eu sou Neto, filho de Tosa da Farmácia e Dr. Vespasiano do Ginásio. Aos 9 anos saí do quintal que ia até a beira do rio para morar em Salvador, mais sempre volto a Caculé para recarregar as energias e ouvir o silêncio.
vespasiano.neto@gmail.com
Porém incentivado por amigos blogueiros tomei a decisão: vou fazer um blog também (mesmo sem dominar os comandos ainda).
Eis aqui o Comocoxico. Um local para contar as estórias e outras conversas em mesa de bar, relacionadas a melhor cidade do mundo, Caculé, uma paixão.
E o blog não tem dono. É de quem vier e quem quiser participar. Vamos melhorá-lo, da edição a informação, contando causos, mostrando retratos, publicando poesias, transformando-o em um ponto de encontro dos amigos e divulgação da nossa terra. Participem!!
Sim, e eu sou Neto, filho de Tosa da Farmácia e Dr. Vespasiano do Ginásio. Aos 9 anos saí do quintal que ia até a beira do rio para morar em Salvador, mais sempre volto a Caculé para recarregar as energias e ouvir o silêncio.
vespasiano.neto@gmail.com
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